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Portal Edicase
Publicado em 30 de maio de 2025 às 18:09
O uso de muitos medicamentos ao mesmo tempo pode ser necessário em alguns casos, mas essa situação também pode apresentar riscos significativos à saúde. Alguns efeitos colaterais incluem desde confusão mental, interações farmacológicas e quedas até internações. Esse fenômeno tem nome: polifarmácia. >
“Polifarmácia é quando uma pessoa usa muitos medicamentos ao mesmo tempo, normalmente cinco ou mais por dia. Isso é comum entre os idosos, que geralmente apresentam diferentes agravos de saúde”, explica o Dr. Filipe Gusman, geriatra da Casa de Saúde São José. >
O envelhecimento pode trazer o acúmulo de doenças crônicas como hipertensão, diabetes, artrose, dores crônicas, ansiedade, insônia e depressão. Segundo o Dr. Filipe Gusman, essas condições associadas podem levar ao uso constante de medicações, que algumas vezes são indicadas por profissionais que não sabem que outros médicos já indicaram remédios diferentes. >
Além disso, o paciente pode decidir tomar medicamento por conta própria ou, até mesmo, continuar o uso de medicações que foram úteis no ado quando já não são mais necessárias. O consumo de chás, vitaminas e suplementos também podem interferir no tratamento medicamentoso e causar efeitos colaterais. “Nesses casos, vale muito a pena fazer uma avaliação completa com o geriatra, que vai analisar cada remédio e ver o que pode ser retirado ou trocado”, recomenda o médico. >
Segundo o geriatra da Casa de Saúde São José, os principais riscos da polifarmácia são: >
O processo de redução de medicamentos se chama desprescrição, uma prática comum na geriatria para buscar um tratamento mais eficaz e com mais qualidade de vida. “O ideal é que o geriatra revise todos os medicamentos com calma, buscando: eliminar o que não é mais necessário; trocar medicamentos por outros mais seguros; simplificar os horários e doses, para facilitar a adesão ao tratamento; e avaliar interações entre os remédios, evitando combinações perigosas. Não existe remédio para a vida toda”, conclui o Dr. Filipe Gusman. >
Por Bernardo Bruno >