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Agência Correio
Publicado em 30 de maio de 2025 às 08:00
Compreender a ligação entre as experiências da infância e o desenvolvimento de traços de personalidade, como o narcisismo vulnerável, ilumina a importância de focar nos primeiros anos de vida não apenas na identificação, mas também na prevenção. >
Segundo matéria do portal O Globo, o apego inseguro, apontado como fator de risco para o narcisismo vulnerável, não surge do nada. Ele frequentemente tem raízes em experiências específicas com cuidadores que falharam em prover um ambiente seguro e consistente para a criança em desenvolvimento.>
Identificar esses fatores de risco precocemente e agir sobre eles é um caminho promissor para mitigar o desenvolvimento de traços que podem causar dificuldades significativas nas relações interpessoais ao longo da vida adulta.>
A teoria do apego e as pesquisas que a apoiam sugerem que o apego inseguro é uma resposta a experiências com cuidadores que foram inconsistentes, negligentes ou abertamente abusivas. Essas falhas no cuidado primário impedem a criança de formar crenças seguras sobre si e os outros.>
A incapacidade de confiar na disponibilidade e sensibilidade do cuidador pode levar a criança a desenvolver estratégias de enfrentamento que, na vida adulta, se manifestam como os estilos de apego inseguro: preocupado, desdenhoso ou medroso, ligados ao narcisismo vulnerável.>
Particularmente alarmante é a associação encontrada entre altas taxas de maus-tratos infantis e o desenvolvimento posterior do narcisismo vulnerável. O abuso emocional, físico e a negligência são citados como experiências traumáticas que contribuem para esse risco.>
Essas formas de maus-tratos minam a segurança básica da criança, distorcem sua autoimagem e sua capacidade de formar vínculos saudáveis. A vulnerabilidade resultante pode, para alguns, levar ao surgimento de traços narcisistas como uma forma de proteção, ainda que disfuncional.>
Embora os estilos de apego tendam a ser estáveis, a mudança é possível. Terapias focadas no apego podem ajudar adultos a processar traumas ados e "curar feridas de apego". Isso é particularmente relevante para aqueles com alto narcisismo vulnerável, buscando modificar padrões prejudiciais.>
A terapia oferece um espaço seguro para reavaliar crenças formadas na infância e construir modelos de relacionamento mais adaptativos. O objetivo é mover-se em direção a um apego mais seguro, promovendo conexões interpessoais mais saudáveis e satisfatórias.>
Contudo, prevenir o trauma e a formação de apegos inseguros é a abordagem mais eficaz. Isso envolve garantir que famílias tenham o a e em saúde mental, permitindo que crianças processem e se curem de experiências difíceis o mais cedo possível.>
Personalidade narcisista
Além disso, é crucial apoiar pais e cuidadores, equipando-os com as ferramentas necessárias para construir vínculos seguros e praticar uma parentalidade eficaz. Prevenir maus-tratos infantis é fundamental para proteger o desenvolvimento saudável e reduzir o risco de traços narcisistas vulneráveis na próxima geração.>