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O que é a tal 'seita da Cacau Show' que todo mundo está falando?

Empresa é acusada de rituais místicos e perseguição a franqueados; ex-funcionários falam em "famílias arruinadas"

  • Foto do(a) author(a) Fernanda Varela
  • Fernanda Varela

Publicado em 1 de junho de 2025 às 11:48

Cacau Show
Cacau Show Crédito: Reprodução

Nos últimos dias, a internet não fala de outra coisa: denúncias de perseguição, rituais estranhos e supostos abusos dentro da maior rede de chocolates do país tomaram conta das redes sociais. Mas afinal, o que é essa história de "seita da Cacau Show"? 

A empresa enfrenta uma série de denúncias de ex-funcionários e franqueados. Os relatos envolvem perseguições internas, falências provocadas por represálias da empresa e até a realização de supostos rituais místicos liderados pelo CEO e fundador, Alexandre Tadeu da Costa.

por Reprodução

As acusações foram publicadas no perfil anônimo "Doce Amargura", no Instagram, e encaminhadas ao Ministério Público do Trabalho. A repercussão nas redes sociais fez com que internautas assem a se referir à empresa como uma “seita”.

Segundo os relatos, os funcionários eram obrigados a participar de cerimônias em salas iluminadas por velas, vestidos de branco e descalços, enquanto o fundador entoava cantos. “Franqueados falidos. Famílias arruinadas. E enquanto vidas são devastadas, o franqueador segue lucrando com a próxima vítima. Esse ciclo de ilusão e exploração precisa acabar. Quantos mais precisam sangrar para que algo mude?”, publicou o perfil.

Além dos supostos rituais, ex-colaboradores relatam episódios de assédio moral, gordofobia e homofobia. Aqueles que se recusavam a participar das práticas místicas relatavam sofrer perseguições internas.

Do lado dos franqueados, as denúncias apontam para retaliações a quem questionava as decisões da marca. Empresários relatam que, após críticas às políticas da empresa, aram a receber produtos com validade próxima ao vencimento ou itens de baixo giro. Em alguns casos, a franqueadora suspendeu o crédito para compra de mercadorias, obrigando lojistas a pagar à vista, mesmo estando em litígio com a rede.

Uma decisão da 25ª Vara Cível de Brasília, assinada pelo juiz Julio Roberto dos Reis, considerou essa prática inconstitucional e prejudicial ao livre exercício da atividade econômica.

O perfil “Doce Amargura” afirma que mais de mil lojas estão à venda atualmente e denuncia o que chama de “ciclo de exploração”. Uma das as da página, que ainda possui uma loja da marca, relatou ter recebido a visita do vice-presidente da Cacau Show, Túlio Freitas. Segundo ela, ele teria perguntado o que seria necessário para que ela interrompesse as postagens, o que ela entendeu como uma tentativa de intimidação. A franqueada tenta, na Justiça, a rescisão do contrato com a empresa.

Em nota enviada após a publicação das denúncias, a Cacau Show declarou: “Não reconhece as alegações apresentadas pelo perfil Doce Amargura” e reafirmou seu compromisso com “confiança, respeito e conexão genuína com seus franqueados e colaboradores”. A empresa afirmou ainda que as visitas de seu vice-presidente às lojas “são realizadas de forma profissional” e negou qualquer relação com o perfil que reúne as denúncias.

Sobre os relatos de práticas místicas, a empresa não se manifestou diretamente.