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'Não matei mais ninguém': declaração de Paulo Cupertino no tribunal pode ter selado pena de 98 anos

Condenado a 98 anos de prisão, pai de Isabela Tibcherani se contradiz em depoimento

  • Foto do(a) author(a) Heider Sacramento
  • Heider Sacramento

Publicado em 2 de junho de 2025 às 07:31

Isabela Tibcherani e Rafael Miguel; Paulo Cupertino foi condenado a 98 anos de prisão Crédito: Reprodução

Condenado a 98 anos e 1 mês de prisão pelo assassinato do ator Rafael Miguel e de seus pais, João Alcisio e Miriam Selma, Paulo Cupertino pode ter dado um o decisivo para sua própria condenação durante o julgamento em São Paulo. Ao tentar convencer o júri de sua inocência, ele acabou fazendo uma declaração que chamou a atenção do Ministério Público e foi interpretada como um ato falho, uma confissão indireta do triplo homicídio.

Durante os dois dias de julgamento, Cupertino negou os crimes, mas se contradisse ao relatar os anos em que ou foragido. “Praticamente, eu fiquei andarilho, comendo cocô de cavalo, não matei mais ninguém”, disse o acusado. A frase, que poderia ar despercebida, foi rapidamente interpretada como uma issão velada.

Para o promotor de Justiça Thiago Marin, que atuou no caso, a fala expôs a culpa de Cupertino. “A partir do momento em que ele diz ‘eu não matei mais ninguém’, automaticamente ele está dizendo que já matou alguém”, afirmou Marin em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo. O promotor ainda destacou o esforço do acusado em apagar seu ado: “Ele mudou de identidade, mudou de nome, mudou de rosto, mudou de tatuagem, mudou de cidade. Só não mudou de caráter. O verdadeiro caráter dele se revela ali, na hora da responsabilidade.”

Paulo Cupertino por Reprodução

O julgamento também foi marcado por momentos de forte emoção, sobretudo durante o depoimento de Isabela Tibcherani, filha de Cupertino e ex-namorada de Rafael Miguel. Chorando, a jovem desabafou sobre as críticas que recebe desde o crime, ocorrido em junho de 2019, e sobre sua tentativa de lidar publicamente com a dor da tragédia.

“As pessoas ainda não se colocam no meu lugar”, lamentou Isabela. “De todas as vezes que eu me dispus a falar abertamente sobre isso, que ainda dói, as pessoas têm a coragem de dizer que eu sou fria. Que eu falo com naturalidade.”

Isabela, que chegou a relatar um suposto reencontro espiritual com Rafael, foi uma das peças-chave na mobilização social pelo andamento do processo. A condenação de Cupertino representa um desfecho aguardado por mais de quatro anos após o crime, que chocou o país e gerou comoção nacional.