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Mutação genética rara em esperma doado transmite gene de câncer para 67 crianças

Dez crianças já desenvolveram a doença

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 29 de maio de 2025 às 12:17

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Esperma de doador tem mutação rara que não era conhecida  Crédito: Shutterstock

Um doador de esperma, que ajudou 46 famílias a conceberem 67 crianças em oito países da Europa, foi detectado com uma mutação rara causadora de câncer. Depois da descoberta, foi verificado que a condição levou dez crianças a desenvolverem a doença.

O caso foi revelado pelo jornal britânico The Guardian, no último dia 23 de maio. A mutação, presente no gene TP53, está associada a uma síndrome chamada Li-Fraumeni, que aumenta significativamente o risco de desenvolvimento de câncer ao longo da vida. O homem começou a fazer as doações em 2008, quando ainda não era de conhecimento científico que essa condição gerava câncer.

A última doação do homem foi em 2015. Ao total, o gene foi transmitido para crianças da Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Grécia, Espanha, Suécia e Reino Unido. Entre os que já apresentaram câncer, estão inclusos casos de tumores cerebrais e câncer no sistema linfático, que afeta a imunidade.

Os exames apontaram que outras 13 crianças carregam o gene, mas não desenvolveram a doença. Elas vão ser submetidas a exames frequentes e têm 50% de chance de ar os genes para os filhos.

Toda a história veio à tona depois que duas famílias entraram em contato com as clínicas de fertilidade onde fizeram os procedimentos, relatando que os filhos haviam sido diagnosticados com um tipo de câncer ligado a uma variante genética rara.

A partir disso, a clínica solicitou a análise da genética do doador – o procedimento também foi feito antes da doação, mas, conforme mencionado, não havia conhecimento científico sobre a condição à época. As crianças diagnosticadas com câncer estão recebendo tratamento médico e os demais estão submetidos a uma bateria de exames genéticos.

Os especialistas alertam sobre a necessidade de uma política europeia unificada para o controle do número de nascimentos por doador e a circulação de esperma entre países agravou a situação. Atualmente, cada país tem sua própria definição, como a França, que permite no máximo 10 nascimentos por doador, e a Alemanha, que permite 15.