Segurança em xeque: restrições a advogados, tráfico 'vira-folha' e pedágio do CV

Presídio limita o de advogados

Cinco dias após o advogado Alexandre Laranjeiras da Silva Santos ter sido preso quando tenta levar droga e receber carta de um detendo do Conjunto Penal de Serrinha, a direção da unidade de segurança máxima baixou uma portaria no dia 30 de maio com algumas restrições para o o de advogados, como exigência de comprovante de endereço, procuração atualizada e agendamento prévio.

Para a categoria, as medidas violam direitos constitucionais e prerrogativas profissionais. “A direção não pode reduzir a classe, composta por 90 mil advogados, a condutas pontuais”, declara o advogado Heraldo Souza, que tentou ter o aos seus clientes na quinta (05) e sexta (06).

Nesta segunda (09) está prevista uma reunião da Ordem dos Advogados do Brasil, secção Bahia (OAB-BA) e o diretor da unidade.

 Traficantes "vira-folhas" 

Wellington e Cleiton. Estes são os nomes dos responsáveis por liderar o ataque à Lagoa dos Patos, comunidade de Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador, onde casas e carros foram fuzilados e uma granada foi encontrada numa residência na madrugada da última sexta-feira (06).

Os dois eram integrantes do Bonde do Maluco (BDM) e viram a casaca, ou seja, aram para o lado do grupo adversário, o Comando Vermelho (CV). Os disparos de armas de fogo só cessaram por volta das 6 horas, quando parte da população já saía para o trabalho. Foram mais de três horas de tiroteio, que tiraram o sono dos moradores.

A Lagoa dos Patos é palco de disputa porque a localidade é considerada estratégica por estar próxima de bairros de médio e alto padrão, como Vilas do Atlântico e Ipitanga. 

'Pedágio' para o CV 

Em Cosme de Farias, nada escapa dos tentáculos do Comando Vermelho. A organização criminosa do Rio de Janeiro está cobrando “pedágio” até dos mototaxistas.

A extorsão, que é habitualmente praticada aos comerciantes locais, agora foi estendida aos motociclistas que fazem o transporte de ageiros dentro do bairro.

Eles são obrigados a pagar R$ 50 por semana! E não tem conversa. Quem se recusa é expulso debaixo de saraivada de tiros.