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Juíza decide soltar lutador de MMA que condenou por estupro quatro dias antes: 'bons antecedentes'

Edilson vai poder ficar em liberdade e recorrer da pena de 8 anos de prisão por estupro de vulnerável

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 11 de junho de 2025 às 09:35

Juíza decide soltar lutador de MMA que condenou por estupro quatro dias antes: 'bons antecedentes'
Juíza decide soltar lutador de MMA que condenou por estupro quatro dias antes: 'bons antecedentes' Crédito: Reprodução

Condenado por estupro contra uma ageira em Fortaleza, no Ceará, o  motorista de aplicativo e lutador de MMA Edilson Florêncio da Conceição, 48, conhecido como Edilson Moicano, foi solto na última segunda-feira (9). Detalhe: a liberação ocorreu quatro dias depois dele ser condenado e a decisão partiu da mesma juíza. "Concedo ao réu o direito de recorrer em liberdade, em razão de sua primariedade e bons antecedentes", diz a juíza da 5ª Vara Criminal de Fortaleza, Adriana Aguiar Magalhães, em decisão. Ela é a mesma magistrada que o condenou no dia 5 de junho. As informações são do portal UOL.

De acordo com a decisão, Edilson vai poder ficar em liberdade e recorrer da pena de 8 anos de prisão por estupro de vulnerável, já que a vítima estava alcoolizada; e a 2 meses de detenção por resistir à prisão. Ele estava preso desde janeiro, quando foi detido em flagrante. A soltura do homem condenado revoltou a vítima, a empresária Renata Coan Cudh, que gravou um vídeo e publicou no Instagram questionando a decisão da juíza. Ela disse que, por mais que tentasse transparecer normalidade nas redes sociais de janeiro para cá, ela e a família sofriam em silêncio. "Estávamos sobrevivendo dia após dia a esse pesadelo, mas o pior aconteceu".

Segundo a denúncia, Edilson fazia bico de motorista no dia 19 de janeiro e após aceitar a corrida da mulher na saída de uma festa, desviou o carro para um matagal perto do evento de onde a ageira tinha saído, em Fortaleza. e aplicou um golpe conhecido como "mata-leão", quando a vítima tem o pescoço apertado, provocando falta de ar e desmaio. Ela contou que, quando retornou à consciência, estava sendo estuprada, e o acusado dizia que iria matá-la.

"Fui sequestrada, violentada, estrangulada até quase a morte no matagal. Eu não tive chance nenhuma de defesa. Me lembro de cada segundo do ar faltando. Foi Deus que enviou três policiais que já estavam indo embora no final do turno e que me salvarram e prenderam um homem flagrante", contou Renata no vídeo. Renata lamenta que "o judiciário cearense, representado por uma juíza mulher, apesar de condená-lo, decidiu na mesma sentença soltá-lo e deixar responder em liberdade". "Edilson Moicano" foi preso em flagrante após policiais militares verem o carro parado em um matagal e abordarem o veículo.

Eles relataram que a vítima estava chorando, gritando e lutando para tentar se livrar do agressor, que ainda fugiu, mas acabou sendo alcançado pelos policiais e foi detido. "Mesmo com depoimento de três policiais, testemunhas oculares, exame de perícia, o réu confessando o crime e toda violência que eu sofri, ela julgou que ele poderia responder em liberdade por ser réu primário", lamentou a vítima, em vídeo.

No vídeo, Renata ainda pede que o caso seja compartilhado ao máximo "por todas as mulheres". "Isso pode acontecer com a sua filha, com a sua mãe, com a sua esposa, com qualquer familiar seu ou qualquer mulher que seja próxima de você. Eu tô fazendo esse vídeo porque eu não vou me calar", afirmou. Ela ainda lamentou que a decisão da Justiça mostra que a palavra das vítimas não basta.

"Que nenhuma confissão basta, que o agressor vai sair por aí pela porta da frente. Tudo que eu queria nesse momento era ter paz e tranquilidade. Mas como que eu vou ter isso sabendo que o cara tá aí nas ruas? Eu faço esse vídeo expondo a minha dor, não somente por mim, mas por todas as mulheres desse mundo". Procurado pelo UOL, o Ministério Público do Ceará (MP-CE) informou que irá pedir a prisão preventiva de Edilson.