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Câmara autoriza licença de 127 dias para Carla Zambelli, que está foragida

Parlamentar foi condenada pelo STF e teve mandado de prisão expedido

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 6 de junho de 2025 às 08:50

A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP)
A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) Crédito: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quinta-feira (5) o pedido de licença do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), atualmente foragida e incluída na lista de procurados da Interpol. O afastamento, de 127 dias, cobre sete dias por motivos de saúde e outros 120 por “interesse particular”, conforme informado em edição extra do Diário da Câmara. Durante esse período, a cadeira será ocupada por Coronel Tadeu, também do PL.

A solicitação foi feita pela deputada no dia 29 de maio, antes da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou sua prisão preventiva. Por esse motivo, a Casa considera como início da contagem da licença a data do pedido, com término previsto para 2 de outubro deste ano.

Zambelli deixou o Brasil cruzando a fronteira com a Argentina e, de lá, embarcou rumo aos Estados Unidos e posteriormente à Itália. O pedido de prisão foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) após a fuga, e acatado por Moraes, que também determinou a inclusão do nome da deputada na difusão vermelha da Interpol, o que já foi feito. 

A parlamentar foi condenada a 10 anos e 8 meses de prisão pelo STF por sua participação na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em conluio com o hacker Walter Delgatti Neto. Entre as acusações estão a inserção de documentos falsos no sistema, como um mandado de prisão forjado contra o próprio Moraes. Ela também foi sentenciada à perda do mandato, que só será efetivada após esgotados os recursos.

A licença aprovada não prevê remuneração. Zambelli, como deputada, tem salário mensal superior a R$ 46 mil, e o ministro Alexandre de Moraes já encaminhou ofício à Câmara solicitando a suspensão dos pagamentos.

Além da condenação, a deputada ou a ser investigada por possível tentativa de obstrução da Justiça, em novo inquérito instaurado pelo STF. Entre as medidas já em andamento estão a quebra do sigilo bancário e o rastreamento de redes sociais associadas à deputada, a fim de apurar se houve e logístico ou financeiro para sua fuga do país.